A Inversão de Papéis!

Postado por Babyxa on


Eu admiro as mulheres que têm facilidade em inverter os papéis na relação: fazer um pouco o macho e fazer o homem se sentir um pouco fêmea, pra que ele perceba como não é bacana certas coisas que eles fazem com a gente.
Sempre minha primeira vontade, quando eu passo por uma situação desagradável com um homem, é inverter os papéis e mostrar a ele como ele me fez sentir. Mas depois de um tempo eu penso: mas será que a cabeça do homem é igual da mulher?
É claro que não é, daí o motivo dos homens passarem horas vendo uma revista de mulher pelada e nós ficarmos horas em um salão de beleza. Portanto, talvez a inversão de papéis não seja a melhor solução. A verdade é que nós buscamos saídas estratégicas, mirabolantes, para fugir da coisa mais simples, porém hoje em dia considerada a mais difícil nos relacionamentos modernos: o diálogo!
Vivemos em um tempo onde qualquer dúvida expressada vira DR (Discussão de Relação) e toda DR vira fim de relacionamento, porque ninguém quer saber de “encheção” de saco. Nós queremos saber é de usar o “Sem Parar” no estacionamento do shopping,  fazer download de filme que ainda está em cartaz no cinema e ter a linha do tempo no facebook.
Tempos rápidos e estressantes os tempos modernos. A modernidade está nos ensinando a sermos ligeiros, eficientes, práticos, objetivos, mas, a esquecer das maravilhas que uma simples conversa causa no ser humano.
Ah, que beleza é poder expressar suas paranóias e ser compreendida; poder dizer que não gostou e ficar tudo bem; poder desabafar sem ser considerada uma louca, mala sem alça. E porque, ó céus, nós mulheres só conseguimos nos satisfazer nesses aspectos com nossos amigos gays?
Eu tenho muita compaixão pelas mulheres que não foram presenteadas com um amigo gay. Porque hoje em dia ele substitui o garoto moderno e impaciente que estamos nos relacionando no momento DR da relação. Porém, é fato que a mentalidade de um homem heterossexual é diferente de um homem homossexual, que é diferente da mentalidade de uma mulher. Ou seja, o amigo gay é ótimo, mas seus conselhos não podem levados muito a sério, o bom mesmo é poder ter um homem que, pelo menos, nos escuta e tenta entender a nossa cabeça confusa.
Está sendo mais fácil partir pra outra quando o calo aperta do que tentar resolver um mal entendido. Impaciência ou medo de ser julgado(a)? Não sabemos, mas é fato que esse novo padrão de relacionamento está afastando as pessoas umas das outras e nos tornando irredutíveis, inflexíveis, radicais. E se alguém souber de algum relacionamento bem-sucedido contendo duas pessoas com essas três qualidades, por favor desenvolva o tema nos comentários abaixo.
Eu gostaria que o mundo acabasse, mas que o mundo mental coletivo acabasse. Queria que as pessoas começassem a se olhar, entendendo que cada um é único e que as aflições internas existem, assim como existem contas pra pagar e horários a cumprir. Queria olhar pro homem e que o homem olhasse pra mim sem ver um padrão, um esteriótipo. Que pudéssemos ver o quanto fora do padrão a maioria é, e que na verdade o conceito “padrão” só existe na mente das pessoas, pois na prática somos muito complexos, muito completos para podermos entrar em qualquer definição absoluta.
Proponho a todos que leram esse texto e a mim também fazermos um exercício, sem parar pra refletir muito, claaaaro, senão não adianta: a partir de hoje vamos nos perceber quando e porque ficamos impacientes com as outras pessoas, e principalmente com aquela que estamos nos relacionando, e começar a dar a oportunidade para o outro falar, e nos dar a oportunidade de começar a escutar. Que 2012 seja o ano da compreensão, e que o amor sempre supere qualquer DR do dia a dia. Que sejamos capazes de nos expressar e de nos entender, porque um dia eu escutei que nós só conseguimos nos desenvolver como ser humano, amadurecer, enfim, evoluir de uma forma geral, através dos relacionamentos que criamos no decorrer de nossa vida, portaaaanto, se queremos nos tornar pessoas melhores, mais evoluídas, praticamente mestres ascencionados, por favor, vamos nos relacionar muuuuuuuito, combinado?
E como um amigo meu gay, chiquérrimo, frenético e fino, eu lhes digo: “Beeeeeeijo, me twita!!”

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